Defesa Civil de Petrópolis adquire acesso ao sistema de monitoramento de raios através de licitação
Com a contratação do novo sistema, será possível acompanhar a trajetória de tempestades e prevenir perdas materiais e físicas
A Defesa Civil de Petrópolis terá acesso a uma plataforma de monitoramento de descargas elétricas. A medida é um novo reforço para o monitoramento das condições do tempo: o sistema permite que as equipes técnicas do Centro Integrado de Monitoramento e Operações (Cimop) acompanhem, em tempo real, a formação e deslocamento de núcleos de chuva. Com isso, podem planejar e prever ameaças à população.
“Nosso governo trabalha de forma permanente para ampliar o alcance das ações de proteção e, desta forma, fortalecer o trabalho da Defesa Civil e a cultura da resiliência no município. Com a contratação do sistema de monitoramento de raios, nossa equipe vai ficar mais bem preparada para tomar atitudes quando necessário”, disse o prefeito Rubens Bomtempo.
A aquisição da nova plataforma é importante para a emissão de alertas, sendo mais uma medida para auxiliar a antecipação da tomada de decisão, pois possibilitará acompanhar a formação e evolução de núcleos de chuva. Estes núcleos, por vezes, estão associados às descargas elétricas que podem ocorrer da nuvem para o solo (nuvem-solo), do solo para a nuvem (solo-nuvem), dentro da nuvem (intra-nuvem) ou ainda entre nuvens (entre-nuvem).
O secretário de Proteção e Defesa Civil, tenente-coronel Gil Kempers, lembra que o sistema de monitoramento de raios é mais um dos passos seguidos pela Prefeitura de Petrópolis no ato de se antecipar na tomada de decisões. “A aquisição da plataforma contribui para que a Defesa Civil, de maneira preventiva, emita com mais celeridade avisos, alertas e informes meteorológicos à população”, relatou.
O que é o sistema de monitoramento de raios?
O sistema de monitoramento de descargas atmosféricas utiliza sensores para detectar a incidência de raios e acompanhar o deslocamento das tempestades, onde é possível identificar a regiões e o momento da ocorrência da descarga atmosférica, para que assim se possa identificar o deslocamento dos núcleos de chuva e emitir alertas antecipados com base em dados observados.
Nota Oficial - Desabamento no Gentio (11/03):
A Secretaria de Proteção e Defesa Civil informa que realizou, na madrugada de sexta (10) para sábado (11/3), o primeiro atendimento na Estrada do Gentio, em Itaipava, onde um imóvel desabou. A ação ocorreu em apoio ao Corpo de Bombeiros.
Na manhã deste sábado (11), o prefeito Rubens Bomtempo e equipes da Defesa Civil estão no local avaliando a situação. Os técnicos estão realizando vistoria emergencial para identificar as causas do acidente.
Na residência havia oito moradores, e uma pessoa se feriu, sendo atendida pelo Corpo de Bombeiros. Não houve vítimas fatais. Os moradores receberam apoio da Secretaria de Assistencia Social e já se encontram em local seguro.
Defesa Civil de Petrópolis participa de fórum internacional sobre redução de riscos
Oitava Plataforma Regional de Redução de Risco de Desastre das Américas e Caribe aconteceu na última semana, no Uruguai
Uma equipe técnica da Defesa Civil de Petrópolis participou, na última semana, de um fórum internacional sobre resiliência: a VIII Plataforma Regional de Redução de Risco de Desastre das Américas e Caribe (PR23). O evento aconteceu na última semana em Punta del Este, no Uruguai, e contou com governos, comunidade científico-tecnológica, agência de cooperação, organismos intergovernamentais, sociedade civil, além de entidades do setor privado e do terceiro setor de 30 países das Américas Latina e do Norte.
Referência nacional em resiliência, conforme artigo recente publicado pela equipe do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) na revista The Scientist, a Defesa Civil de Petrópolis apresentou uma palestra no espaço ‘Ignite Stage’, abordando a metodologia do projeto “Escola Resiliente” – projeto que ensina noções de proteção para as crianças, desde o início do desenvolvimento educacional, e que transforma os alunos em multiplicadores, levando a sensibilização para familiares e amigos e fortalecendo a cultura da resiliência.
“Foi uma grande honra receber o convite para que Petrópolis pudesse participar de um evento tão importante quanto a Plataforma Regional deste ano. As catástrofes climáticas são uma realidade em todo o mundo, e atingem os países das mais diversas formas. Eventos como este são importantes pois reúnem a experiência de gestores de vários países, com suas particularidades. A troca de conhecimento também faz com que a gente fortaleça a resiliência no nosso município”, disse o prefeito Rubens Bomtempo.
Entre as autoridades brasileiras, estava o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, que discutiu o Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil. O convite para a equipe de Petrópolis se deu por meio da participação do município na campanha mundial Construindo Cidades Resilientes (Making Cities Resilient - MCR2030), organizada pela Organização das Nações Unidas (ONU). A iniciativa global fomenta a construção de mecanismos de prevenção e enfrentamento a catástrofes climáticas, por parte dos municípios, até o ano de 2030. No projeto, Petrópolis é reconhecida como cidade estágio C de cidade implementadora – ou seja, em estágio avançado na Rota de Resiliência da MCR2030.
“O congresso foi um momento único, no qual representantes de governo e sociedade civil de diversos países puderam estar juntos e compartilhar experiências. Continuaremos trabalhando para aprimorar nossos projetos e fazer com que a nossa secretaria de Defesa Civil continue sendo uma referência”, disse o secretário de Proteção e Defesa Civil, tenente-coronel Gil Kempers.
Quem representou a Prefeitura de Petrópolis durante o evento foi Rodrigo D’ Almeida, diretor de monitoramento e avaliação da secretaria, que apresentou conceitos sobre a metodologia do projeto Escola Resiliente.
"Este foi um momento único e desafiador, em que pudemos estar frente a frente com diversas autoridades, aprendendo e trocando experiências. Apresentar ao mundo tudo o que fazendo em nosso município é engrandecedor e entusiasmador, ao passo que aprendemos para evoluirmos quanto às habilidades e necessidades apontadas.”
Entenda o programa Escola Resiliente
O programa Escola Resiliente foi criado para que estudantes, professores e demais funcionários das escolas possam aprender e praticar ações de Defesa Civil, tais como a construção do mapa de perigo da escola, o sistema de alerta e alarme da unidade, as rotas de fuga e os exercícios simulados para facilitar a evacuação das salas de aula em uma situação de emergência. O programa, criado em 2014 pelo prefeito Rubens Bomtempo, foi retomado em 2022, e já alcança 22 escolas municipais.
Defesa Civil instala painéis de led em cancelas automáticas no município de Petrópolis
Os painéis luminosos serão responsáveis por facilitar a visão do motorista em momento de interdição da via
A Prefeitura de Petrópolis, por meio da Secretaria de Proteção e Defesa Civil, iniciou as instalações dos painéis de led em cancelas automáticas do município. Os equipamentos luminosos das cancelas estarão localizadas nos três pontos do corredor do Rio Quitandinha: Ponte Fones (largo que liga a Olavo Bilac e a Avenida General Rondon à Rua Coronel Veiga); no cruzamento das Duas Pontes e na Rua Rocha Cardoso (na altura da UPA Centro, rua que dá acesso à Washington Luiz nos sentidos Quitandinha e Rua do Imperador).
“Estamos construindo uma cidade mais preparada para o enfrentamento às chuvas. Esse sinal luminoso é mais um avanço dentro do Protocolo de Inundação, que ajuda a tornar a cidade mais resiliente”, disse o prefeito Rubens Bomtempo.
A ação, que é uma das medidas previstas no Protocolo de Inundação, faz parte do Plano de Contingência para o verão de Petrópolis. A instalação de painéis de led nos locais onde há cancelas automáticas foi desenvolvida com a intenção de facilitar a visão dos motoristas quando a via estiver interditada, por isso, durante todo o período de fechamento da via, a mensagem “via interditada devido à inundação" poderá ser vista no painel de led.
“A nossa missão aqui é dar aos moradores de Petrópolis toda a segurança necessária para que vivam uma vida tranquila e segura. A instalação dos painéis é apenas mais uma das ações da Defesa Civil do município para a mitigação de riscos em prol de salvaguardar a vida dos moradores. Nós continuaremos a trabalhar constantemente para que todos os protocolos do Plano de Contingência sejam implementados”, disse o secretário de Proteção e Defesa Civil, tenente-coronel Gil Kempers.
Conheça o Plano de Contingência
Como forma de prevenção de desastres, todos os anos, a Prefeitura, por meio da Secretaria de Proteção e Defesa Civil, formula um plano de ações com medidas concretas a serem tomadas para salvaguardar a vida dos moradores da cidade. O protocolo criado para 2023 já está sendo posto em prática neste ano, por meio das cancelas eletrônicas em três pontos do corredor do Rio Quitandinha com maior incidência de alagamentos; sirenes neste corredor e no Centro Histórico; e a instalação de ilhas de segurança, que alertam o cidadão sobre áreas seguras em caso de inundações. Todo o trabalho de averiguação da necessidade de acionamento é feito por meio do Centro Integrado de Monitoramento e Operação de Petrópolis (CIMOP).
Petrópolis recebe a visita da Secretaria de Defesa Civil do Estado de São Paulo
Reunião pautada em troca de experiências tratou sobre as ações desenvolvidas em Petrópolis para mitigação de riscos
A Prefeitura, por meio da Secretaria de Proteção e Defesa Civil, recebeu a equipe da Secretaria Estadual de Defesa Civil de São Paulo na manhã desta sexta-feira (03/03). O objetivo do encontro foi a troca de experiências em ações desenvolvidas por Petrópolis durante e após a tragédia, para mitigação de riscos, já que o litoral norte do Estado de São Paulo foi atingido por forte chuva no dia 19 de fevereiro deste ano.
“Nossa ida ao Estado de São Paulo nas ações de resposta em apoio ao ocorrido em São Sebastião é nosso dever neste momento. O município de Petrópolis é solidário a toda e qualquer tragédia ao redor do mundo. Aonde for possível darmos as mãos, lá estaremos. Recebemos muita ajuda em fevereiro e março de 2022, durante a tragédia de Petrópolis, com isso aprendemos e estamos em constante construção de uma cidade mais estruturada para o enfrentamento do verão de cada ano”, disse o Prefeito Rubens Bomtempo.
Também esteve presente na reunião a Secretaria de Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro, que participou da integração e contribuiu com o olhar mais abrangente acerca da tomada de decisões que o Estado de São Paulo pode fazer por seus municípios.
“A Secretaria Estadual de cada região é importante para os municípios abrangentes da área de atuação. Quando o município excede a capacidade de atuação, é o momento do acionamento do Estado para o auxílio da gestão do desastre. O Estado colabora em diversas frentes, de acordo com as necessidades apontadas pelo município”, disse o Secretário de Proteção e Defesa Civil de Petrópolis, Tenente Coronel Gil Kempers.
Entre os temas abordados na reunião, os principais foram o resumo dos eventos meteorológicos ocorridos em fevereiro e março de 2022 em Petrópolis, a apresentação do quantitativo de vistorias técnicas realizadas por conta da tragédia, o trabalho desenvolvido com os Núcleos de Defesa Civil Comunitários, a organização dos pontos de apoio e abrigos, o projeto Mapeamento Participativo de rotas de fuga nas comunidades, o Plano de Contingência do município de Petrópolis e o Protocolo de Inundação desenvolvido ao longo do último ano, o mapeamento de polígonos de risco remanescente que auxiliaram na interdição emergencial, iniciativa Making Cities Resilient 2030 (MCR 2030) - Construindo Cidades Resilientes, o Conselho e Fundo de Defesa Civil no município, a contratação de efetivo operacional e viaturas para atuação no verão e ações integradas por meio do CIMOP, como é realizada a comunicação de emergência e a contratação do efetivo operacional para apoio à tragédia.
Fornecimento do sistema de gestão para São Sebastião
Em prol da organização da crise gerada por conta das chuvas do dia 19 de fevereiro deste ano, a Prefeitura de Petrópolis, por meio da Secretaria de Proteção e Defesa Civil, cedeu o sistema de gestão de Defesa Civil desenvolvido pelo Departamento Técnico da Prefeitura para a cidade de São Sebastião. Para a implementação do sistema, a equipe da Defesa Civil de Petrópolis e a Coordenadoria de Defesa Civil de São Sebastião, nesta sexta-feira (03/03), estiveram reunidos de forma virtual para abordar as funcionalidades da plataforma, que permite a contabilização de registros de ocorrências e o gerenciamento por categorias.
Entenda a tragédia em São Sebastião
No dia 19 de fevereiro, São Sebastião e outras cinco cidades do litoral-norte de São Paulo foram assoladas por uma chuva intensa, caracterizada como evento meteorológico extremo, se tornando uma das maiores registradas na história do país em 24h (626 mm) de acordo com os dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). Até a mais recente atualização divulgada pelo Boletim da Prefeitura de São Sebastião, 58 pessoas vieram a óbito, 2.251 estão desalojadas e 1.815 desabrigadas em toda a área.
Por conta de instabilidade com o 199, Defesa Civil disponibiliza canais alternativos para emergência
Secretaria está trabalhando em prol do restabelecimento do sistema
A Secretaria de Proteção e Defesa Civil disponibilizou, neste sábado (04/03), dois canais alternativos para alertas de emergência: (24) 97400-0760, para chamadas de voz; e (24) 98819-1620, para mensagens de texto via WhatsApp.
A medida se deu por conta de problemas com a linha oficial de contato, o canal 199. A Defesa Civil está trabalhando em prol do restabelecimento do sistema.
Para receber alertas de chuvas, cadastre seu CEP através do envio de uma mensagem de texto para o número 40199 e acompanhe o portal da Prefeitura de Petrópolis.
Com registro de 74 milímetros de chuva em 24 horas, Defesa Civil contabiliza 8 ocorrências, sem vítimas
A Defesa Civil de Petrópolis contabilizou 8 registros de ocorrência por conta da forte chuva da noite de terça-feira (28/2). Os índices pluviométricos chegaram a 74,2 milímetros (estação Bingen/Cemaden BR), 69,8 mm (Bingen/Inea) e 65,6 mm (Quitandinha/Cemaden RJ). Mesmo com índice considerável de chuva, não houve vítimas nas oito ocorrências registradas.
A Defesa Civil continua monitorando e poderá emitir alertas a qualquer momento. Para esta quarta-feira (1º), há previsão de céu parcialmente nublado, com pancadas de chuva moderada a partir da tarde.
Confira o balanço atualizado:
4 registros de ocorrências de alagamento que atingiram imóveis - Bairros: Bataillard, Quitandinha e Centro
1 registro de ocorrência de destelhamento - Bairro: Quitandinha
1 registro de ocorrência de queda de árvore - Bairro: Duarte da Silveira
1 registro de ocorrência de avaliação de muro - Bairro: Centro
1 registro de ocorrência de deslizamento sem atingir imóvel - Bairro: Mosela
Estágio Operacional:
Observação
Índices pluviométricos:
Maiores acumulados em 24h:
- Bingen - Geo: 74,2 mm (CEMADEN BR)
- Bingen: 69,8 mm (INEA)
- Quitandinha - Geo: 65,6 mm (CEMADEN RJ)
Situação atual:
Céu claro a parcialmente nublado e sem chuva
Condição para as próximas horas:
Céu parcialmente nublado e pancadas de chuva moderada a partir da tarde.
Recomendações:
Evite áreas alagadas e fique atento aos sinais de deslizamentos. Em caso de emergência, ligue 199.
Petrópolis reforça política de resiliência em meio às mudanças climáticas
Idealizador do Cemaden destacou que catástrofe de 2022 foi a única não prevista em 10 anos
"De todos os eventos climáticos dos últimos dez anos no Brasil, apenas um não foi previsto: o do dia 15 de fevereiro de 2022 em Petrópolis. Um evento meteorológico que os sistemas de previsão não capturaram, uma coisa rara". A revelação foi feita pelo cientista e climatologista Carlos Nobre, idealizador do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), nesta quarta-feira (22/2), em entrevista ao portal UOL. A afirmação reforçou a importância da política de prevenção e resiliência. Em Petrópolis, essas ações foram retomadas pela atual gestão, que assumiu a Prefeitura em dezembro de 2021.
O município é referência nacional quando o assunto é proteção e resiliência. Recente artigo assinado pela equipe técnica do Cemaden na revista The Scientist, uma das publicações científicas mais importantes do mundo, destacou que a Defesa Civil de Petrópolis é uma das melhores do Brasil. Um trabalho que se consolidou em 2013, quando o prefeito Rubens Bomtempo transformou a coordenadoria em secretaria. Ou seja: mais estrutura, mais profissionais e uma gestão específica para a prevenção de desastres e redução de riscos.
"Petrópolis conta com sistema de sirenes nas comunidades; alertas por mensagem de texto e até na TV por assinatura; Núcleos Comunitários que estreitam a comunicação entre a Defesa Civil e os moradores, que estão na ponta; Plano de Contingência e o Centro Integrado de Monitoramento e Operações, o Cimop. São ações que permitem mitigar os riscos, com os alertas aos moradores; e uma resposta mais organizada em situações de desastres", destaca o prefeito Rubens Bomtempo, lembrando que Petrópolis recebeu o título de Cidade Resiliente por parte da Organização das Nações Unidas (ONU).
Fortalecer a cultura da resiliência é um trabalho que possui várias frentes. A mais visível delas pôde ser observada no Plano de Contingência, incluindo o Protocolo de Inundação. Este protocolo inclui as cancelas eletrônicas, instaladas em três pontos do corredor do Rio Quitandinha: Ponte Fones (largo que liga a Olavo Bilac e a Avenida General Rondon à Rua Coronel Veiga); cruzamento das Duas Pontes e na Rua Rocha Cardoso (na altura da UPA Centro, rua que dá acesso à Washington Luiz nos sentidos Quitandinha e Rua do Imperador).
Também foram instaladas sirenes, que avisam sobre a possibilidade de inundações (importante dizer que estas sirenes são diferentes das sirenes que alertam para riscos de deslizamentos em comunidades). Além disso, motoristas e pedestres foram orientados pelas ilhas de segurança, que foram demarcadas com sinalização horizontal e vertical no corredor do Rio Quitandinha e nas principais áreas do Centro Histórico. Também como parte do Plano de Contingência, a Defesa Civil intensificou as rondas preventivas: antes e depois dos períodos de chuvas, as equipes visitam as principais áreas para checar possíveis ocorrências e prestar apoio aos moradores.
Outra ação para mitigar riscos e instalar a cultura de prevenção em cada comunidade é o fortalecimento e a ampliação dos Núcleos Comunitários de Defesa Civil (Nudec). Em 2021, eram 13. Agora, já são 25, que atendem a 77 comunidades. Desde as chuvas de 2011, Petrópolis também conta com 18 sirenes, instaladas nos seguintes locais: 24 de Maio (Morro do Estado e Rua Nova); Alto da Serra (Ferroviários); Bingen (João Xavier); Dr. Thouzet (Dr. Thouzet); Independência (Rua Ó e Taquara); Quitandinha (Amazonas, Ceará, Duques, Espírito Santo e Rio de Janeiro); São Sebastião (Adão Brand e Vital Brasil); Sargento Boening (Rua E); Siméria (Frente para o Mar); Vila Felipe (Campinho e Chácara Flora). Essas sirenes emitem dois alertas: o da possibilidade de chuvas fortes e o risco de deslizamentos generalizados nas comunidades.
Ao ouvir a sirene, os moradores devem ir para um dos 66 pontos de apoio espalhados pela cidade - escolas, igrejas, associações de moradores e pontos comuns, reconhecidos pelos moradores. "São várias ações, em várias frentes, que vão tornando, no conjunto, a cidade mais resiliente. Petrópolis tem características geográficas únicas no país e, por isso, o investimento nesta política de prevenção é ainda mais importante. E, quando a gente observa as ações tomadas, é possível dizer que temos um conjunto muito robusto de proteção", reforça o secretário Kempers.
Defesa Civil de Petrópolis atua na coordenação da resposta às chuvas do litoral paulista
Secretário e equipe do município se deslocaram para o município de São Sebastião para compartilhar experiências
A equipe da Secretaria de Proteção e Defesa Civil de Petrópolis segue auxiliando a coordenação da resposta às chuvas no município de São Sebastião (SP), cidade mais afetada pelas chuvas que atingiram o litoral paulista no último fim de semana. Além do apoio ao trabalho operacional, o compartilhamento de experiências é uma parte importante do trabalho.
Dentre as principais ações de resposta devido às chuvas no município de São Sebastião, a Defesa Civil de Petrópolis orientou a locação de viaturas para a Coordenadoria de Defesa Civil, Guarda Municipal e Assistência Social; a contratação emergencial de engenheiros e geólogos para reforçar o quadro técnico; o plano de trabalho para demolição e reconstrução de imóveis afetados; o plano de ação para interdições emergenciais e polígonos de risco remanescente; a orientação sobre o gerenciamento de donativos e cadastramento de voluntários; além da emissão de boletins informativos para imprensa e a integração do gabinete de crise.
“Há um ano, Petrópolis passou por uma crise por conta das chuvas, e a nossa participação em São Sebastião tem o objetivo de levar a nossa experiência e o nosso conhecimento para auxiliar na gestão das áreas afetadas. O contexto de mudanças climáticas é uma realidade e nós precisamos estar unidos, de mãos dadas, para atuar na resposta. É dessa forma que todos os municípios vão poder avançar nessa área”, disse o prefeito Rubens Bomtempo.
O secretário de Proteção e Defesa Civil de Petrópolis, Gil Kempers, destacou a importância da integração neste momento. "Viemos prestar o nosso apoio à Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de São Sebastião em todas as ações de resposta necessárias neste momento. O povo de Petrópolis é solidário. Em nome da equipe de Defesa Civil, agradeço ao prefeito pela oportunidade de poder trazer a nossa experiência e expertise depois de tudo que vivemos durante a tragédia, e nos solidarizamos à população de São Sebastião", disse.
Entenda a tragédia em São Sebastião
No último domingo (19), São Sebastião e outras cinco cidades do litoral-norte de São Paulo foram assoladas por uma chuva intensa, caracterizada como evento meteorológico extremo, se tornando uma das maiores registradas na história do país em 24h (626 mm) de acordo com os dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). Até a mais recente atualização divulgada pelo Boletim da Prefeitura de São Sebastião, 57 pessoas vieram a óbito, enquanto outras 07 estão desaparecidas, 1.027 desalojados e 600 desabrigados em toda a área.
Defesa Civil entrega mais de 200 rotas de fuga às comunidades
Lideranças comunitárias são coautoras do projeto Mapeamento Participativo
A Prefeitura de Petrópolis, por meio da Secretaria de Proteção e Defesa Civil, durante todo o mês de fevereiro, está realizando a entrega de 224 mapas de rota de fuga distribuídos em 32 comunidades do município, que são coautoras do projeto mapeamento participativo.
O prefeito Rubens Bomtempo destaca que a ação é parte do Plano de Contingência para o verão. “Estamos atuando em diversas frentes para que a cidade seja cada vez mais resiliente. Os moradores são os que mais conhecem o território e, por isso, todas as ações são feitas em conjunto com eles”, disse.
O projeto de mapeamento participativo foi pensado a partir de premissa de salvaguardar vidas em caso de emergência, como explica o secretário de Proteção e Defesa Civil, Gil Kempers. “A proposta é que cada liderança comunitária saiba exatamente como agir e ajude aos outros moradores a trilhar pelo caminho seguro até chegar no ponto de apoio mais próximo. Estes pontos de apoio são sinalizados e servem para que a população se resguarde em situação de risco iminente. E estes mapas têm as rotas de fuga sinalizadas”, disse Kempers.
As lideranças comunitárias de cada região, em parceria com agentes da Defesa Civil, definem os melhores locais para colocação destes mapas. O critério utilizado é o da maior visibilidade e do mais fácil acesso, como por exemplo, estabelecimentos comerciais, escolas e igrejas.
“É importante para que as pessoas saibam para qual lado ir quando houver necessidade de evacuação da sua residência e facilita também para a equipe do Nudec, no sentido de acompanhar os moradores até o ponto de apoio mais próximo” disse Daiana do Amaral, liderança comunitária do Nudec Taquara.
São trinta e duas comunidades contempladas com sete mapas cada uma. Esses mapas contêm as rotas de fuga, os pontos de apoio e pontos de referência de fácil identificação pela comunidade. A ampla divulgação destes mapas em cada região é a fase final do projeto Mapeamento Participativo.
Entenda o projeto Mapeamento Participativo
A Prefeitura, por meio da Defesa Civil de Petrópolis, pensando em medidas de mitigação de risco para a população, criou ao longo do ano de 2022, o projeto Mapeamento Participativo. Os mapas de rota de fuga foram construídos pela equipe técnica da Defesa Civil em conjunto com as comunidades e são norteados pelo conhecimento dos moradores de cada região, sabendo que cada particularidade é de fundamental importância para o êxito das ações em caso de chuva forte. Periodicamente é realizada também a dinâmica das análises técnicas, visando a verificação das rotas de fuga e melhor atendimento à população.