Futebol para cegos (Fut5), basquete e atletismo para cadeirantes, clínicas esportivas e presença de atletas paraolímpicos ícones em suas categorias. Foi dada a largada para a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia na cidade, hoje (22/10), às 9h, no ginásio da Universidade Católica de Petrópolis (UCP), no Bingen. A abertura foi realizada pelo secretário de Ciência e Tecnologia, Airton Coelho.
“É importante divulgar as soluções tecnológicas que podem ser utilizadas para realizar a inclusão social por meio do esporte”, disse o secretário, citando como exemplo o monitoramento, via computadores, de movimentos de atletas por meio de chips acoplados em seus uniformes e de photo finishing (um aparelho capaz de reproduzir a imagem da linha de chegada), entre outros, expostos no local.
Para o evento foram montadas, pelo Instituto Superar, quatro clínicas esportivas no ginásio, no qual os participantes puderam praticar Fut 5, vôlei sentado, basquete em cadeira de rodas e atletismo. Alunos das escolas municipais e atletas de Petrópolis estiveram presentes, bem como as secretarias de Educação, por meio da Divisão de Educação Esportiva e do Departamento de Tecnologia Educacional e a de Esportes e Lazer, com a presença do secretário Renato Freixiela.
A atleta paraolímpica Rosinha e o maratonista Lucas Prado (o cego mais rápido do mundo) foram algumas das participações especiais do evento. Rosinha, que fará uma palestra com o tema Superação, no Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), conta que teve que amputar a perna com 18 anos. “Ao invés de ficar triste, eu consegui superar, tive motivação e comecei a praticar esportes”, declara ela, que é recordista parapanamericana de lançamento de disco, dardo e arremesso de peso.
Lucas Prado, campeão mundial dos 100 e 200 metros, se autodenomina com orgulho o “cego mais rápido do mundo” e ressalta: “Temos que conscientizar os alunos, atletas e a sociedade em geral que o esporte é para todos. Se todos tiverem coragem e atitude, conseguiremos quebrar todas as barreiras que por vezes a sociedade nos coloca.”
O evento também contou com um jogo de Fut5 com alunos das escolas municipais e atletas paraolímpicos. “Viemos com 50 alunos com deficiências intelectuais, sendo três com deficiência visual. Os que não têm deficiência visual jogaram Fut5 com os olhos vendados para ter a experiência”, explicou a professora de educação física da Escola Municipal Paulo Freire, Cristiana Soares.
Também apóiam o evento: Allen Esportes, Hand Talk, Instituto Superar, Universidade Católica de Petrópolis, FMP/Fase, Universidade Estácio de Sá, CEFET/RJ, FAETEC, Fiocruz, Zeiss, Casa da Ciência (da Universidade Federal do Rio de Janeiro), Ampla, CPTI Microsoft Innovation Center, Orage, Senai, Centro de Competência em Engenharia de Software e Petrópolis Esporte Clube (PEC) - que cedeu o espaço para a realização do evento.