Com as frases “Diga não ao bullying”, “Vandalismo não, diz o aluno cidadão” e “Família, aluno e professor - união, respeito e amor!”, o projeto Escola da Paz realizou hoje a sua primeira caminhada, que percorreu as principais ruas do Centro. Participaram cerca de 500 pessoas, entre profissionais da educação e alunos de 25 escolas do município. Os manifestantes pararam em frente à Câmara Municipal, onde realizaram discursos, oraram e cantaram o Hino Nacional.
O projeto é da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Comarca de Petrópolis e conta com o apoio da Secretaria de Educação. Desde 2011, o Escola da Paz realiza palestras nas escolas, com o objetivo de resgatar a autoridade dos pais, o respeito às instituições de ensino e motivar a comunidade escolar a ter uma postura mais proativa no combate à violência.
O coordenador do projeto, Denilson Cardoso de Araújo, explica que a ideia do Escola da Paz surgiu a partir das reclamações que a Vara da Infância, da Juventude e do Idoso recebia sobre comportamento dos alunos. “Agressividade contra os professores e também os próprios alunos, por praticarem bullying contra seus colegas. Então, resolvemos promover palestras separadamente para os professores, pais e alunos, objetivando mudar o comportamento dos jovens”, explicou.
Além disso, o projeto procura despertar nos alunos a vontade de se organizar em associações. Para tanto, promove a eleição de dois alunos em cada escola participante (são 40 este ano) que se tornam os agentes da Cidadania Escolar. “Eles recebem capacitação em técnicas de reunião e solução de problemas, técnicas de oratória, direitos e deveres à Luz do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e organização de associações estudantis”, enumerou Araújo.
Para a coordenadora da Assessoria de Psicologia Escolar da Secretaria de Educação, Vanessa Senna, que participou da caminhada, iniciativas como essa são importantes para conscientizar os alunos. “As escolas estão promovendo a paz na cidade. A paz é responsabilidade de todos nós”, afirmou.
Eduarda Marinho, da Escola Municipal Luiz Carlos Soares, conta que foi à caminhada porque quer defender os professores: “Vejo muitos colegas desrespeitando os professores e eu não gosto disso”. Já Abraão Chaves, da Escola Municipal Professor Josemar Contage, diz que quer combater as brigas na escola. “Na minha escola não tem muita briga, mas, tem escolas que têm até demais. Então, acho importante nos manifestarmos pela paz, para que não haja agressão no ambiente de estudo”, concluiu.