A cooperação entre Brasil e Japão para a redução de riscos de desastres naturais em Petrópolis teve início nesta terça-feira (12/11). Em reunião na sede da Secretaria de Proteção e Defesa Civil, na Rua Buarque de Macedo, no Centro, representantes do Ministério das Cidades e da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) apresentaram detalhes da parceria, que irá durar quatro anos. Na manhã desta quarta-feira (13/11), a comitiva da Jica e do Ministério das Cidades visitará regiões atingidas pelas chuvas de março.

Os objetivos da parceria são o fortalecimento da cultura de prevenção em Petrópolis e o compartilhamento entre os dois países de experiências e tecnologias de monitoramento, prevenção e alerta. Além de Petrópolis, a parceria também contemplará Nova Friburgo e Blumenau (SC). Ao fim dos quatro anos, serão produzidos manuais com orientações para planejamento urbano, reconstrução de áreas atingidas por desastres naturais e emissão de alertas preventivos.

O secretário de Proteção e Defesa Civil, Rafael Simão, e o secretário de Habitação, Rodrigo Seabra, representaram o prefeito Rubens Bomtempo na reunião. Eles apresentaram as medidas da prefeitura para a prevenção de desastres naturais, como a construção de 2,5 mil moradias até o fim do governo, a formação de 50 Núcleos Comunitários de Defesa Civil (Nudecs), a capacitação de agentes da Defesa Civil, os cerca de 80 pluviômetros e as 18 sirenes do Sistema de Alerta e Alarme.

O convênio da Jica com o governo federal brasileiro, por meio dos ministérios de Ciência, Tecnologia e Inovação, da Integração e das Cidades, tem o apoio das prefeituras e dos governos dos estados envolvidos no projeto. Diretor de Políticas de Acessibilidade e Planejamento Urbano do Ministério das Cidades, Yuri Rafael Della Giustina afirmou que os três municípios foram escolhidos para a parceria por causa do histórico de desastres naturais. “Ao fim do projeto, esses municípios passarão a ser uma referência na prevenção de tragédias”, disse Yuri Rafael.

O chefe da equipe japonesa, Toshiya Takeshi, que o primeiro ano do convênio será para a identificação da realidade brasileira. “Petrópolis passou por grandes dificuldades nos últimos anos. Será uma oportunidade de tratarmos as vulnerabilidades dos municípios. São muitos atores para um objetivo comum, que é a redução de riscos. O fundamental é que, em um primeiro momento, as pessoas que moram em áreas de risco deixem suas casas no caso de risco iminente”, disse Toshiya.