Durante reunião do Conselho Municipal de Saúde (Comsaúde), realizada nesta terça-feira (10/12) o secretário de Saúde, André Pombo, garantiu às mães de pacientes da Casa de Saúde Santa Mônica, que a unidade não irá fechar as portas sem que haja uma solução responsável para o problema. Cinco mães acompanharam a reunião e foram tranquilizadas pelo secretário de saúde, que anunciou a pactuação junto com a Secretaria de Estado de Saúde (SES) e o Ministério da Saúde (MS) de ações para manutenção das atividades.
“O governo municipal esteve o tempo todo ao lado da Casa de Saúde Santa Mônica, que é prioridade do prefeito Rubens Bomtempo. O governo não vai permitir que a unidade feche as portas de uma hora para outra e tampouco deixar que os pacientes de Petrópolis sejam transferidos para outras cidades”, afirmou André Pombo.
Entre as ações pactuadas com o Estado e o Ministério da Saúde está a elaboração de um cronograma para a implantação, até o primeiro semestre de 2014, de três residências terapêuticas na cidade; a transferência pelo governo do Estado de 35 pacientes de outros municípios e a manutenção dos recursos repassados atualmente pelo Ministério da Saúde. “Com o fechamento de outros hospitais psiquiátricos o governo do Estado passou a internar pacientes em Petrópolis. Atualmente estão no Santa Mônica cerca 60 pacientes de várias cidades do Rio de Janeiro. Com a transferência desses pacientes e a manutenção dos repasses do Ministério da Saúde acreditamos em uma melhora nos problemas financeiros da unidade”, explicou o secretário de Saúde.
André Pombo também anunciou a realização de um encontro, na próxima sexta-feira (13/12) com a direção da Casa de Saúde Santa Mônica para discutir a questão financeira da unidade. “Pedimos aos diretores que encaminhe à secretaria de Saúde uma planilha detalhada dos custos para juntos encontrarmos uma solução para o problema”, disse.
O coordenador da Saúde Mental, Rui Stockinger, também participou da reunião do Comsaúde. Ele falou sobre o censo que será realizado, em fevereiro, na Casa de Saúde Santa Mônica para identificar os pacientes que poderão ser transferidos para as residências terapêuticas. “Para o Ministério da Saúde todos os pacientes devem ir para essas casas, mas nós acreditamos que isso não seja possível. Por isso um levantamento será feito em conjunto com o governo do Estado para identificar esses pacientes”.
Rui Stockinger falou sobre a residência terapêutica instalada no bairro Atílio Maroti e que abriga oito pessoas que foram ex-pacientes do Santa Mônica. “A casa funciona muito bem e as pacientes estão integradas à sociedade e à família, como preconiza a política do Ministério da Saúde. Nas residências terapêuticas os pacientes são acompanhados pelo município, estado e o ministério. Eles são tutelados para que possam integrar a sociedade e sair da situação de exclusão social”, ressaltou Rui.
Reunião na Câmara Municipal – O secretário de Saúde, André Pombo esteve reunido na tarde desta quarta-feira (11/11) na Câmara Municipal, com familiares e funcionários da Casa de Saúde Santa Mônica. Durante o encontro o secretário teve a oportunidade de reafirmar o compromisso do município em encontrar uma solução responsável para a questão, citando as ações pactuadas com o estado e o Ministério da Saúde.