“Além da reforma física do espaço, vamos realizar uma mudança de filosofia aqui dentro; o morador irá utilizar o espaço como casa de passagem e não como residência fixa. Além disso, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social para a População em Situação de Rua (Creas POP) irá funcionar nesse espaço”, explicou o secretário.
Serão R$ 180 mil investidos nas intervenções, que irão contemplar toda a parte estrutural do local. Será criada, ainda, uma área de lazer para os usuários, além de um espaço para o Creas Pop. As melhorias começarão a ser feitas já no mês de fevereiro e não haverá necessidade dos usuários que se encontram no local atualmente serem remanejados para outra instituição, já que a reforma será feita por etapas, podendo ser utilizado o próprio espaço do NIS como dormitório. A expectativa é que a obra seja finalizada até maio.
Jiane Mattos é coordenadora do NIS e esclarece que a mudança principal será na filosofia e no modo de trabalho. Ela explica que a maioria dos 33 usuários utiliza o espaço como residência, mas que possuem vínculo familiar. São dependentes químicos, alcoólatras, idosos e pessoas com transtornos mentais que passam a viver na rua e, consequentemente, chegam ao NIS por motivos como conflitos familiares, desemprego, falta de moradia, problemas de saúde física e mental que, na maioria das vezes, têm família e, às vezes, residência própria.
"Na última semana reinserimos a família um senhor que estava a 11 anos no núcleo. Buscamos o contato com e fizemos todo o acompanhamento. O objetivo é que façamos isso com todas as outras pessoas que ainda estão aqui e também com as que virem a precisar desse tipo de ajuda”, contou.
Além do acompanhamento com os moradores em situação de rua do município, o NIS atende também a imigrantes que passam por Petrópolis, conforme explica Peixoto.
“Estamos aptos a encaminhar pessoas de outros municípios que chegam à Petrópolis e passam a viver em situação de rua. Se essa pessoa quer voltar para onde vive, nós a ajudamos com a passagem, alimentação e, se precisar, passar a noite no abrigo”, falou.
Atualmente, o NIS conta com três assistentes sociais, três psicólogos, oito educadores, duas cozinheiras, dois administradores e uma coordenadoria geral.