O indicador reúne dois conceitos importantes para a qualidade da educação: fluxo escolar e médias de desempenho nas avaliações. Como o resultado do IDEB agrega ao enfoque pedagógico os resultados das avaliações em larga escala, existe a possibilidade de se traçar resultados sintéticos, que podem ser facilmente assimiláveis e que permitem traçar metas de qualidade educacional para os sistemas.
“Os resultados obtidos do IDEB demonstram que o município está numa crescente em estatísticas, visto que em 2005 tínhamos um IDEB de 1º ao 5º ano de 4,1 e em 2007 subimos para 4,4. Em 2009 fomos para 4,6 e saltamos para 4,9 em 2011. Além disso, do 6º ao 9º ano tínhamos um IDEB de 3,5 em 2005, e, em 2007, ele era de 3,7, passou para 4,0 em 2009 e, no ano de 2011, saltamos para 4,2”, explicou a secretária de Educação Cláudia Quintanilha.
De acordo com a secretária, com esse resultado, já é possível traçar metas para 2013. “Os índices estão aumentando significativamente e acreditamos bater todas as metas para 2013, pois estamos em uma crescente. Os resultados estimados pelo MEC para nosso município para 2013 são: do 1º ao 5º ano, 5,2 e de 6º ao 9º ano, 4,4”, apontou.
Das 79 escolas que aplicaram a Prova Brasil do 1º ao 5º ano, 50% delas obtiveram um resultado igual ou superior a média 4,9 que é a média municipal e, das 41 que aplicaram a Prova Brasil de 6º ao 9º ano, 50% também ficaram acima do índice municipal de 4,2 que já está acima do índice nacional de 4,0.
“É importante ressaltar que não são todas as escolas que participam da Prova Brasil, só fazem as que tiverem um quantitativo de alunos igual ou superior a 20 alunos por turma. Sendo assim, muitas escolas de nosso município não participam desta avaliação, pois, respeitando nossos espaços físicos, possuímos escolas com um quantitativo de alunos menor por turma”, disse Cláudia Quintanilha.
De acordo com um levantamento feito pela equipe pedagógica da Secretaria de Educação, em 2009 a rede municipal possuía 41 escolas com IDEB abaixo do índice nacional e, em 2011, dessas 41, algumas não possuíam quantitativo de alunos suficiente para realizar a avaliação. Sendo assim, apenas 26 realizaram a avaliação de 1º ao 5º ano, 13 unidades já ultrapassaram a meta traçada para 2013 pelo MEC e duas já estão na meta. O levantamento também comprovou que das 26 escolas que fizeram a prova de 6º ao 9º ano, 14 já estão acima da meta estipulada para 2013 pelo MEC.
“Concluímos que em um curto espaço de tempo, apenas dois anos, as escolas que estavam com IDEB abaixo dos índices nacionais já possuem resultados favoráveis, a grande maioria já atingiu suas metas ou já ultrapassaram, visto os investimentos feitos através do PDE Escola para a qualidade do ensino além, do suporte e apoio da Secretaria de Educação. Vale ressaltar que o município de Petrópolis está com a sua proficiência crescente diante das últimas avaliações, ou seja, está obtendo resultados satisfatórios”, concluiu Cláudia Quintanilha.
Para que o Ideb de uma escola ou rede cresça é preciso que o aluno aprenda, não repita o ano e frequente à sala de aula. Segundo as informações divulgadas pelo MEC, a meta do Brasil para as séries iniciais do Ensino Fudamental era 4,6 e atingiu a pontuação 5,0. Petrópolis almejava chegar ao índice de 4,9 e registrou esse levantamento. Em 2009, o mesmo número registrado foi de 4,6.
Com relação aos anos finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) a meta do Brasil era de 3,9 e índice conquistado foi de 4,1. Petrópolis tinha como meta o registro de 4,0 e alcançou 4,2, representando um acréscimo de 5% no número buscado.
Para que pais e responsáveis acompanhem o desempenho da escola de seus filhos, basta verificar o Ideb da instituição, que é apresentado numa escala de zero a dez (www.portalideb.com.br). Da mesma forma, gestores acompanham o trabalho das secretarias municipais e estaduais pela melhoria da educação. De acordo com o MEC, o índice é medido a cada dois anos e o objetivo é que o país, a partir do alcance das metas municipais e estaduais, tenha nota 6 em 2022 – correspondente à qualidade do ensino em países desenvolvidos.
A importância da Prova Petrópolis
Com o objetivo de realizar um diagnostico de todas as escolas da rede, em 2011, a subsecretaria do Ensino Fundamental da Secretaria de Educação realizou um prova de cunho diagnóstica em larga escala, em todas as escolas da rede. A iniciativa, inédita em Petrópolis, foi organizada pela subsecretária da época e atual secretária de Educação, Claudia Quintanilha.
“Na ocasião, foi organizada uma equipe composta por professores da rede em parceria com a equipe pedagógica da Secretária de educação, que elaborou materiais de apoios e fizeram reuniões com as direções de cada escola para garantir a legitimidade da Prova. Com isso, Petrópolis antecipou o que precisava ser feito de investimento no período de um ano. A prova foi institucionalizada e vai ocorrer de dois em dois anos, no mês de maio. Todas as unidades da rede participam da Prova Petrópolis, independente do número de alunos”, explica a subsecretária do Ensino Fundamental, Vivian Portílio.