O secretário municipal de Segurança, Hélio Moura, que esteve na cerimônia representando o prefeito Paulo Mustrangi, parabenizou aos formandos e aos guardas instrutores dos cursos. “Tenho certeza que após essa trajetória os alunos saem daqui com uma nova visão de mercado e aptos para serem inseridos neste contexto. Além disso, é bom ver a reciprocidade dos diplomados com os GM’s”, disse.
Idealizador do projeto que levou o núcleo do Telecentro ao Alto Independência, o guarda municipal Jorge Miranda explicou que o primeiro desafio dentro da comunidade era quebrar o mito ‘homem de farda’: “fazer com que os moradores nos enxergassem como amigos e não opressores. Hoje em dia conquistamos o respeito da população e, mais do que isso, o carinho de todos eles. Ver essas pessoas se formando hoje, para mim, é como ver um filho, que cresceu e é bem sucedido”, contou.
Quem igualmente comemorou a realização dos novos formandos foi o também idealizador do projeto, o subcomandante da Guarda Municipal Marcelo Chaves. “Quando chegamos, a comunidade não acreditava no poder público. Lembro que uma vez uma senhora me perguntou por quanto tempo ficaríamos aqui, respondi que enquanto os moradores quisessem. E estamos até hoje. Ver a receptividade da comunidade e o sorriso de cada um deles hoje, não tem preço”, disse.
O objetivo do projeto é levar inclusão digital para a comunidade, onde são oferecidos cursos gratuitos de introdução à informática, digitação, internet, editores de texto, planilha, apresentações, inglês, espanhol e ginástica laboral. Fora dos horários das aulas, os moradores têm acesso gratuito à internet e podem realizar pesquisas na rede mundial de computadores, sempre monitorados por guardas municipais.
A desempregada Rosana Batista Corrêa comemorou o diploma: “Hoje eu não tenho mais medo do computador”, disse. E ela já faz planos. “Com esse certificado, as chances de conseguir um emprego são bem maiores e vou atrás disso. Fiz o curso para conseguir um trabalho e tenho certeza que agora será mais fácil”.
Já a doméstica Tatiana Bonifácio explicou que fez o curso por causa da filha. “Comprei um computador para ela e sempre pedi que me ensinasse a mexer, mas ela nunca teve paciência. Quando soube do curso, logo me inscrevi e consegui a vaga. Hoje, além de saber o funcionamento da máquina, com o certificado vou buscar um novo emprego. Estou realizada, e agora vou tentar uma vaga no curso de inglês, pois vale a pena”, comemorou.