“Confiança e comprometimento são essenciais para a criação de um arranjo produtivo. Atualmente a integração entre os setores para a realização deste projeto pode proporcionar o crescimento econômico sustentável, com geração de emprego e renda para o município”, disse o secretário de STA, Leonardo Faver. “Atualmente existe mercado para plantas medicinais. O produtor do município poderá continuar plantando alface, por exemplo, mas passará também a produzir outros elementos que sejam alternativas para tratamentos de saúde”, concluiu.
O programa foi dividido em eixos, onde na esfera federal envolve os Ministérios da Saúde; Meio Ambiente e Agricultura. Para o município, esta iniciativa também foi considerada como uma forma pioneira de trabalhar a integração entre os vários setores do Governo.
Petrópolis destaca-se no país como um dos doze selecionados pelo Departamento de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde, no seu primeiro edital do Programa Nacional de Plantas Medicinais e o primeiro a apresentar um programa para a implantação de um Arranjo Produtivo Local.
“Esse vai ser um modelo de dimensão nacional”, explicou o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Jorge Bermudez.
Para a farmacêutica sanitarista e técnica especializada do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Letícia Mendes Ricardo, “aplicar este sistema significa um avanço para a qualidade de vida do brasileiro e traz um diferencial para o sistema de saúde”, pontuou, com menção à potencialidade do Brasil em relação à aplicação do projeto.
As plantas medicinais poderão ser trabalhadas de quatro formas: frescas, secas, manipuladas ou industrializadas, sendo as duas últimas consideradas como produtos fitoterápicos. “Fitofármacos, que possuem o princípio ativo isolado, não fazem parte da política”, explicou Letícia.
Segundo a diretora do departamento de Atenção Básica da Secretaria de Saúde, Margarida Gomes, o uso de plantas medicinais traz para o município um resgate a raízes culturais. “Em Petrópolis, por exemplo, a área rural tem um grande público que utiliza essa forma alternativa de tratamento e a partir da implantação do programa poderemos instruir essas pessoas sobre a melhor maneira de proceder”, explicou.
Durante a realização do seminário de apresentação do projeto na última semana estiveram presentes representantes do Ministério da Saúde; Secretaria de Saúde; Secretaria de Ciência e Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Agricultura (STA); Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Secretaria de Educação; presidentes das associações de agricultores; direção da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FASE); EMATER-RJ; EMBRAPA; Secretaria Estadual de Agricultura; Colégio Santa Catarina; Instituto Vital Brasil; Museu Imperial; Fundação Dom Cintra; Universidade Estácio de Sá; movimento Petrópolis – Tecnópolis; SENAI; SEBRAE e diversos especialistas na área.
A Fiocruz em Petrópolis, localizada no Palácio de Itaboraí, hoje atua como base do projeto e abrange a Trilha da Coleção Viva, com 260 espécies de plantas.
O Palácio Visconde de Itaboraí pode ser visitado gratuitamente, com direito a guias para acompanhar o passeio, de terça-feira a sábado, de 8h30 às 16h30. Outras informações no telefone 2246-1430.