Poder público, sociedade civil organizada, lideranças comunitárias, professores e estudantes lotaram, no sábado (16), a Conferência Municipal do Meio Ambiente – realizada na Casa dos Conselhos Municipais Augusto Ângelo Zanatta. Entre as presenças ilustres, o teólogo Leonardo Boff.

Em pauta, como preparar Petrópolis no curto, médio e longo prazo para as mudanças climáticas que vêm ocorrendo no planeta. Como consequência dessas mudanças, os eventos extremos – como os desastres das chuvas que aconteceram em Petrópolis em 2022.

O prefeito Rubens Bomtempo afirmou que é preciso que a sociedade civil, por meio da participação popular, garanta a continuidade das políticas públicas voltadas para o meio ambiente em Petrópolis.

“Quando assumimos o governo, encontramos praticamente todos os biodigestores parados. Na Vila Rica, o biodigestor estava parado, não fornecia mais gás para a escola. E assim por diante. Na Vila Ipanema, no Vale do Carangola, e por aí a fora. Não adianta a gente esperar que o próximo governo, que eu não sei qual vai ser, vá dar continuidade a essas políticas, se a sociedade não cobrar, se não estiver ao lado do poder público. E esse conselho garante a participação popular, porque é um conselho atuante, deliberativo”, disse Bomtempo.

Além do prefeito, também participaram da conferência: os vereadores Júnior Coruja (presidente da Câmara), Mauro Peralta, Júlia Casamasso e Domingos Protetor; o secretário de Meio Ambiente, Carlo Alberto Muniz; secretários de governo; e o deputado estadual Yuri Moura.

Leonardo Boff falou que vivemos “um novo regime climático da Terra” e que, neste cenário, as palavras de ordem são: interdependência, corresponsabilidade coletiva, mudar a mente e o coração.

“Estamos em um momento crítico da história da Terra. Ou vamos cuidar da Terra, cuidar uns dos outros, ou vamos assistir à própria destruição da vida na Terra. Ou salvamos todos ou ninguém se salva”, disse Boff.

A conferência durou todo o dia. Pela manhã, palestras e debates. À tarde, os participantes se dividiram em quatro grupos de trabalho para debater e apresentar propostas para quatro grandes temas: educação ambiental; saneamento básico; fomento ao trabalho e renda; e Código Ambiental. Essas propostas, decididas coletivamente na conferência, serão consolidadas em um documento pela Secretaria do Meio Ambiente.