A casa será a nova moradia de seis pacientes mulheres que estiveram internadas no Hospital Santa Mônica por longo período. As novas moradoras ainda estão em processo de identificação com a residência, mas a expectativa é de que se mudem para o local já nos próximos dias, contou Cátia Viana, coordenadora da Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde.

Cátia ressaltou que a Residência Terapêutica não é uma unidade de tratamento. “É realmente uma casa, onde estas moradoras viverão a rotina de uma casa. O tratamento psiquiátrico será oferecido a elas no Caps (Centro de Atenção Psicossocial), assim como é oferecido a vários outros pacientes que não necessitam de internação hospitalar”, explicou. “A Residência Terapêutica é uma nova visão de cuidado no processo de desinstitucionalização, socialização e busca de autonomia para estas pessoas”, acrescentou.

A inauguração contou com as presenças da Chefe de Gabinete, Sheila Guimarães, que representou o prefeito Paulo Mustrangi, da secretária de Saúde, Aparecida Barbosa, do coordenador da Defesa Civil, Coronel de Paula, de funcionários da Saúde, além, claro, das novas moradoras da residência.

Sheila Guimarães disse que a Residência Terapêutica é um importante passo do município dentro da Política de Saúde Mental do Ministério da Saúde. “Mas este é apenas o início da caminhada. Em breve, será inaugurado também o Caps AD3 (Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e Drogas), e não vamos parar por aí. Para isso, contamos com todos os servidores para que os avanços na saúde possam continuar.”, disse.

A secretária de Saúde, Aparecida Barbosa, falou sobre as dificuldades para a concretização deste projeto, vencendo principalmente o preconceito e os trâmites burocráticos. Mas ressaltou que esta será a primeira de outras casas que o município irá receber. “Temos o compromisso de montar outras casas como esta. Este é um momento muito feliz, de concretização de um ideal de vários funcionários da Saúde que se dedicaram muito para sua realização.”, falou.

As Residências Terapêuticas foram instituídas pela Portaria/GM nº 106 de fevereiro de 2000. As casas são mantidas com recursos financeiros anteriormente destinados aos leitos psiquiátricos. Assim, para cada morador de hospital psiquiátrico transferido para a residência terapêutica, um igual número de leitos psiquiátricos deve ser descredenciado do SUS e os recursos financeiros que os mantinham devem ser realocados para os fundos financeiros do estado ou do município para fins de manutenção dos Serviços Residenciais Terapêuticos. Atualmente, existem cerca de 80 leitos psiquiátricos credenciados ao SUS no município.